20240410

5701 Metamorfose da tristeza

O que espero é que você possa 
Me oferecer um pouco de calma, 
Mesmo que seja apenas 
A que se acha no olho 
Da tempestade.

Que hoje me sinto vulnerável 
Como o barro moldável 
Nas mãos do oleiro, 
Sou uma árvore abalada 
Pela fúria do furacão, 
Encontro-me imerso no calor 
De uma batalha.

Na situação 
Em que os ventos turbulentos 
Fazem dançar as cortinas 
Do teatro da minha vida 
E essas lágrimas são 
Como o fole que atiça 
O fogo interior 
De um forno perpétuo 
Onde minha psique e meu soma 
São brasas que se desgastam.

Estou vivendo 
Este período crucial 
Em que as rajadas são desencadeadas, 
Quando as ondas se agitam 
E os mares sobem, 
Quando as tristezas se transformam 
Do estado de larva 
Em crisálida encadeada.

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