20130703

3678 Como a seiva por as veias de um baobá

E na tarde de hoje por minhas veias
Um rio de absinto
Das-pa-cio-sa-men-te
Corre
Como a seiva por as veias
De um baobá.

Quase posso ouvir
A explosão de minhas verdes
Celas Nervosas.

Eu sei que eu não serei mais
Que uma floresta de murchas euglenas.
Um carrossel que não gira,
Spirogira expirada sem motor.

Eu tenho caído do vértice
No vórtice do desânimo,
Engoliu-me a turbilhão
Desassossegante da dor.

Flui sem expirar dentro de mim
O acebar
Como se fosse o fluxo
Nos velhos rios
Do reino de Babilônia.

Uma horda de amargura
Em maratona
Esgota-me com sua angustia,
E fecha a estreita passagem
Com um nodo em minha garganta,
E porra! Dói-me!

3677 Como la savia por las venas de un baobab

Y esta tarde por mis venas
Un río de ajenjo
Des-pa-cio-sa-men-te
Corre
Como la savia por las venas
De un Baobab.

Casi puedo escuchar
El estallido de mis verdes células
Nerviosas.

Sé que no seré más
Que un bosque de marchitas euglenas.
Un tiovivo que no gira,
Spirogyra caduca sin motor.

He caído desde el vértice
En la vórtice del desaliento,
Me ha engullido la vorágine
Desasosegante del dolor.

Fluye sin caducar dentro de mí
El acíbar
Como si fuese el flujo
En los antiguos ríos
Del reino de Babilonia.

Una maratónica horda
De amargura
Me agota con su angustia,
Y estrecha el angosto pasadizo,
Hace un nudo en mi garganta,
Y ¡coño! ¡Me duele!