20230809

5277 Sem você eu sou o epicentro da dor

Num número de Fibonacci, 
A minha dor se multiplica, 
Uma escada em espiral, 
Múltiplos infinitos que seguem 
Os ditames da regra de ouro, 
Como uma espiral eterna que, 
Num logaritmo de galáxias, 
Me faz suspirar.

Sem você eu sou o epicentro da dor.

O que me assusta é saber 
Se meu peito resistirá 
Ao próximo suspiro cósmico 
Que eu exalar de tristeza 
A saída do seu sol 
De meu sistema planetário.

E se eu passar sem mais delongas
Por essas escalas de pressão, 
Se eu for além do que 
É permitido à aflição, 
Se meu coração vibrasse 
Com tal trepidação.

A sua ausência é o íman 
Que atrai a minha tristeza 
E reúne num redemoinho 
Todos os tipos de sentimentos 
Do ramo da desolação.

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