20110725

3231 Mordendo-se a própria cauda

Meus dias caminham
Mordendo-se a própria cauda
Uma volta depois de outra
Sem você,
Longe
De minha terra
E de minha parentela.

Esta semana
Por exemplo
Tem sido um estéril
Ouroboros,
Inútil moinho de vento,
Pétala estéril
Sem afeto
Ermo quintal baldio
Sem o profundo riso
De sua flor.

Eu vivo dias
De sonhos
E ansiedades.

É você que gira
Incessantemente
Em torno
A outra estrela.

Eu deveria confrontá-lo:
Neste meu baú
Não há pérolas,
Eu vivo um arco-íris
Sem nenhuma cor
E me possui
Um mar desbotado
Que não arde
Nem com azul de metileno.

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