20091031

3072 Como conchas de um bivalve

O esquecimento virá
Em um tapete verde,
Roxo ou de pita.

E com minhas próprias mãos
Será parado
Nas alfândegas do querer
Onde minuciosamente
Vai ser requestado
As luxuriosas verdejantes palmas
Aquela tarde de fevereiro
O turquesa e o índigo
Do largo mar,
Ser-lhe-á pesquisada a tristeza
Que você teve a meu encontro,
O sussurro de suas ondas,
O temporal de minha alma
Aquele dia sideral
Que se movia como onda
Na tarde sem par,
Quando nossos corpos
Como conchas
De um bivalve nós unimos
Com nossos peitos abertos
De par em par.

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