Meus sonhos deslizam
Como uma fileira
De galeões afundados,
Perdidos nas profundezas
Do seu vasto mar.
Onde estão as asas de Ícaro?
Onde fica emaranhada
O novelo de Ariadne para guiar
Meu retorno à paz?
Nessa tentativa de redescobrir
O caminho da felicidade,
Meus sonhos, outrora cristalinos,
Desvanecem-se, esgotam-se,
Só deixando um catálogo
De marés rebentadas,
Labirintos noturnos,
Galeões submersos,
Um oceano sem horizonte,
Uma rua sem saída,
Um naufrágio de asas cortas.
Esta roleta russa envolve-me
Com a sua confusão,
Esta rosa dos ventos aponta
Na direção errada.
Navego sem bússola,
Sem direção certa,
No insondável labirinto
Da decepção.
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