Minha vontade é arenito
Que está disperso
Entre os milhões
De desejos
De ter você.
Assim como as algas
Se aglomeram
Na beira do oceano,
Uma imensa chama
Cresce dentro
De mim.
E eu sei
Que pela manhã
Quando o sol nascer
E na linha
Do horizonte eu vir
Seu veleiro,
Saberei que você
Virá até mim
E fincará sua bandeira.
Então deixarei de ser
Uma onda que vagueia
Sem prestar atenção às marés.
Suas plantas pioneiras
Começarão a povoar
Minha linha de maré alta.
Nunca mais serei
Uma nuvem arrancada
De seus equinócios.
Deixarei de ser
Poeira errante,
Céu cinzento,
Sol pálido,
Transumante
Pássaro sem ninho.
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