Não era só sua pele porcelaniçada
Era além a estrutura
Que tinha envolvido seu interior
O que atraia-me sem controle
A cair ante seus pés
Era como uma flor erguida
Suave e delicadamente feita
Com seus vértices elevados
E suas cimas tão precisas
Que achei que era cristalizada
Porque chegou até meu interior
Não sei quando, nem como
Mas é mesmo que chegou
E aferrou-se na minha barriga
Com uma força descomunal
E implantou seu império em minhas veias
Não lhe foi bastante
Seduzi-me com seus lábios
Também me apanhou com seus olhos
E liei-me no labirinto
Que achei entre seus braços
Porque a Mãe Natureza
Tinha-se extremado ao máximo
Em modelar seu corpo porcelaniçado
Em desenhar simetricamente seus lábios
E em suavizar as exageradas curvas
Que formavam seu bonito corpo
Espalhou no meu espírito a euforia
E desde então a amei
Não por ter um corpo belo
Senão simplesmente por ser quem era.
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