Se essas cinzas estradas
Que você desenhou no meu peito
Conduziram ao refugio das flores,
Se essa borbulha autônoma
Que você inseriu-me por dentro
Fosse a navegar em outra artéria,
Se esse galeão dos desejos
Que você fiz sucumbir na minhas praias
Tivesse naufragado em outro mar,
Isto é como lutar
Contra os seus moinhos de pétalas
Voar contra a rosa dos seus ventos
É nadar contracorrente
As agulhas do relógio,
Girar no contrario e sem astrolábios
No seu mar dos sargaços.
Por isso hoje,
Que ninguém queira me convencer
Do contrario,
Tenho decidido
Deixar sua vida
E quitar-me a morte.
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