20240417

5723 O prazer

Quando penso no prazer 
Como os deuses, 
Lembro que você expande 
O domínio do seu ser 
Sobre o meu ser 
Quando ataca 
Com sua pele tenra 
A superfície desgastada 
Dos meus âmbares. 
Você grava no metal 
Dos meus sentidos 
Como na ourivesaria, 
Derrete seu néctar, 
Seu hidromel, 
Sua ambrosia 
E me forja 
Uma armadura de prata 
Para cobrir a desolação 
Que vive como 
Um mau inquilino 
Em meu coração.

Os alicerces 
Da nossa conexão 
São como os muros 
Da Nova Jerusalém.

Vi nos seus olhos a união 
Das nossas almas 
Como a fusão harmoniosa 
Entre o musgo e a pedra. 
Inalei sua essência 
Quando nossos corpos 
Se entrelaçaram 
Como a simbiose perfeita 
Entre a parede e a hera. 
Percebi as cócegas 
No meu plexo solar 
Como uma dança suave 
Entre o vento e a erva.

Confesso o deleite 
De tocar seu abraço 
E olhar para a graça 
No meu espelho e de se deleitar 
Com a indulgência do encanto. 
Naquele momento insano 
Meu coração é 
De talco estelar 
Quando você é 
Um bisão americano 
Que pasta 
Em meu corpo o prazer.

No hay comentarios.: