É surpreendente como eu
Sendo um cavernoso peixe sem olhos
Só satisfaço-me com a luz
Que irradiam
As fosforescentes algas
Emaranhadas nos seus cabelos.
Como estando ancorada
Minha nebulosa residência
No precipício contrário
Á satisfação,
Só é preciso que o gesto
De suas mãos me insinue
O convite para a gula
De carinhos, carícias e afeto.
Nem sequer é mandatório
Que se remexam as colunas
De meus templos
Para que começarem a andar
Os mecanismos de proteção
Contra a sideral
Vórtice de vazios
Que se abarrotam em mim
Que batem em mim,
Embravecida onda
Recorrendo
Como pólvora agitada
Ao longo de minhas costas.
É surpreendente como eu
Sendo um cavernoso peixe sem olhos
Só satisfaço-me com a luz
Que irradiam
As fosforescentes algas
Emaranhadas nos seus cabelos.
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