Você,
Que neste preciso momento
No que eu escrevo estas linhas,
Caminha pelas minhas veredas
Como se fosse Johnny Walker
Não pode compreender
Que eu preciso agora mesmo
Um pôr-do-sol calmo
Uma térmica chuva de ternura
Que deixe o meu coração
Sem o pasmo
Da agonia
Que tem deixado esta tristeza
De cada dia.
Você,
Que caminha permanentemente,
Mesmo do que um carrossel,
Pelos costados do meu coração
Não pode compreender
As antigas estórias narradas
Desde o fundo do meu interior:
Eu que tinha no meu coração
Sentada você
Na fonte das minhas águas,
Tenho deixado correr,
E agora
Quando eu quero beber,
Só fica-me o remorso
De não ter mordido
No tempo preciso
O seu beijo,
De não ter mergulhado
Por inteiro nas suas águas
O meu amalgamado ser.
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