Eu abrirei
De mar em mar
As janelas
De meus céus
E que suas águas
Purifiquem
As palavras
Enroscadas
Em meus cabelos.
Com cada um
Dos mágicos sinais
De seu repertório,
Nós descobriremos
Um barco de velas,
Uma ilha solitária,
Um baú de pérolas.
Então e só então
O harmonioso
Bando de delírios
Campeará
Por suas jurisdições
Em uma melodiosa
Litania.
Aparte-me o azul
O verde e o turquesa!
Que com eles
Eu farei o perene moinho
Desde onde brotem
Seus suspiros
E os meus.
Contemporaneamente
Lá nós reconstruiremos
Aquela cidade mítica
De corais
E de algas,
De espumas de ouro
E rios de cristal.
Na boca
Do arcanjo
O trompete
Pronto está,
Quase
Será ouvido
O rugido
Das ondas
Quando você abrir
As janelas
De seu peito
E meu sentimento
Sem mais cerimônias
Ao lado de seu porto
Permita amarrar.
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